quinta-feira, 24 de abril de 2008

Alimentos funcionais: uma ajuda extra ao organismo


O termo alimentos funcionais surgiu pela primeira vez no Japão na década de 80 para designar alimentos naturais ou enriquecidos com aditivos alimentares como vitaminas, minerais dietéticos, culturas bacterianas, ómega 3, fibras (pró-biótico, pré-biótico, etc.), que para além de satisfazer as necessidades nutritivas básicas do Homem, apresentavam um benefício fisiológico/biológico adicional, revelando determinados efeitos benéficos para a saúde humana.
Para se ter uma ideia, refira-se que de entre os componentes alimentares com benefícios potenciais para a saúde humana e para os quais existe evidência científica se incluem o cálcio, a vitamina C, as proteínas e os péptidos do soro dos produtos lácteos, os ácidos gordos ómega-3 (do peixe), os esfingolípidos (dos ovos), o ácido linoleico conjugado (das carnes de bovino e de ovino), a coenzima Q10, a colina e a taurina (nos produtos animais) entre outros.
Abaixo, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde:



  • Betacarotemo - Antioxidante que diminui o risco de câncer e de doenças cardiovasculares. Presente na abóbora, cenoura, mamão, manga, damasco, espinafre e couve;

  • Licopeno - Antioxidante relacionado à diminuição do risco de câncer de próstata. Presente no tomate;

  • Fibras - Redução do risco ao câncer de intestino e dos níveis de colesterol sanguíneo. Presente na frutas, legumes e verduras em geral e cereais integrais;

  • Flavonóides - Antioxidantes que diminuem o risco de câncer e de doenças cardiovasculares. Presente no sumo natural de uva e vinho tinto;

  • Isoflavonas - Redução dos níveis de colesterol sanguíneo e do risco de doenças cardiovasculares. Presente na soja;

  • Ácido gordo ómega 3 - Redução dos níveis de colesterol sanguíneo e do risco de doenças cardiovasculares. Presente nos peixes e óleo de peixes;

  • Pró-bióticos - Ajudam no equilíbrio da flora intestinal e inibem o crescimento de microrganismos patogénicos. Presente nos iogurtes e leite fermentado;

  • Pré-bióticos - São o substrato dos pró-bióticos. Ajudam a activar o sistema imunitário e auxiliam a absorção do cálcio pelo organismo. Presentes nas fibras do pão, dos cereais, nos frutos e em maior quantidade nos legumes;

  • Esteróis vegetais - Ajudam a diminuir a absorção intestinal do colesterol. Presentes em iogurtes (ex.: Danacol);

  • Antioxidantes - Ajudam a reduzir o risco cardiovascular e a neutralizar os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento celular. Presentes em frutas e vegetais (tomate, cebola, etc.).

Cientistas alimentares ainda estão a avaliar as vantagens e desvantagens do uso de alimentos funcionais na nutrição humana. O eventual efeito benéfico do alimento funcional deve ser sempre avaliado por estudos científicos, de modo a garantir a sua integração eficaz e segura numa dieta variada. No entanto, são vários os factores que dificultam o estabelecimento de uma relação científica definitiva entre a ingestão de um alimento funcional e a manifestação do benefício para a saúde (ex.: complexidade da matriz alimentar, eventuais alterações metabólicas resultantes da alteração da dieta, falta de marcadores biológicos reveladores do desenvolvimento das patologias, etc.).
Como tal, e atendendo à cada vez maior disponibilidade de alimentos funcionais na dieta humana, é necessário ponderar de uma forma consciente os riscos e benefícios do consumo generalizado deste tipo de alimentos, conhecendo não apenas a sua eficácia como a toxicidade dos componentes com actividade fisiológica.

OS PERIGOS DAS DIETAS VEGETARIANAS


Com a chegada do sol, começa também a época das dietas na tentativa de perder os quilinhos acumulados no Inverno. Uma das dietas que está mais em moda actualmente é a Vegetariana. É uma forma de mostrar um cuidado com a alimentação e com o corpo. No entanto, e apesar das vantagens, que podem advir desta alimentação, existem vários cuidados a ter.
Um dos principais riscos da dieta puramente é uma desnutrição proteico-calórica, ou seja, a dificuldade em obter proteínas e calorias suficientes a uma vida saudável.
As calorias presentes nos vegetais e frutas, cerca de 30-50kcal por cada 100g, são muito menores que as das carnes, em que cada 100g de carne tem cerca de 150 a 300 kcal. No entanto, a dieta vegetariana até pode ser benéfica em termos calóricos, já que permite uma diminuição do peso corporal.
Já no que toca as proteínas, o caso revela-se mais sério. Por um lado, a maior parte dos ingredientes destas dietas contém muito menor quantidade de proteínas (1-2g em cada 100g), do que a alimentação à base de carne e peixe (15-20g de proteínas em 100g). Além disso algumas proteínas de origem vegetal não conseguem ser digeridas pelo organismo humano.
Estes riscos assumem relevante importância em determinados grupos de risco, como as crianças, as mulheres grávidas e as lactantes.
Uma das formas de combater estas deficiências e conseguir as calorias e proteínas suficientes a um crescimento saudável é através da inclusão de ovos e leite na dieta, alimentos vegetais com alta densidade calórica, como noz, grão, feijão seco e frutos secos e alimentos vegetais ricos em proteínas com padrões de aminoácidos complementares. É fundamental ter o cuidado de incluir na dieta os aminoácidos essenciais. A chave é sempre uma alimentação ponderada em que se combine diferentes vegetais ricos em diferentes tipos de aminoácidos.
Assim sendo, ser vegetariano deve ir muito além de uma mera tendência ou moda e não é apenas comer vegetais e banir o resto da alimentação. Ser vegetariano passa, necessariamente, por um planeamento cuidado da alimentação e pelo conhecimento das necessidades básicas do nosso organismo.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O PODER DAS FRUTAS

O valor medicinal do abacate é notável. Seu consumo ajuda a combater perturbações digestivas, prisão de ventre, abcessos estomacais, afecções dos rins e do fígado.
Na cosmética,o abacate é bastante eficiente, sendo empregue contra a caspa e queda de cabelos.


Cereja: Contém grande quantidade de sais minerais, vitaminas e faz um delicioso sumo. As cerejas mais escuras contêm mais ferro, magnésio e potássio do que as claras; todas são excelentes fontes de silício e vitamina A. Há quem afirme que o suco das cerejas bem escuras ajuda a evitar a formação de placas e, portanto, protege os dentes.

Damasco: contém magnésio e potássio, dois minerais que dão energia, força e resistência. Possui ferro, para a produção de sangue, e silício, para beleza da pele e dos cabelos. Mas a alta concentração de beta-caroteno é sua qualidade mais importante.
Entre as frutas, apenas o melão concorre com o damasco na quantidade de beta-caroteno e, como ele, é uma grande fonte de carotenóides, que ajudam o corpo na prevenção do câncer. Se você encontrar damascos maduros e bem firmes, estará adquirindo beta-caroteno do mais alto nível.
kiwi: além de ser uma das frutas mais ricas em vitamina C, E, B6, niacina, potássio, magnésio, cobre, fosfato e fibras dietéticas, possui gordura e nenhum teor de colesterol. Tem efeitos antiinflamatórios, antioxidantes, anticancerígenos e laxativos.

Melão: Todos os tipos de melão fornecem sucos cremosos e energéticos. O sistema de raízes do meloeiro penetra profundamente no solo rico em nutrientes e leva a água, que fica bastante longe da superfície, para esse fruto incrivelmente nutritivo.
É esse fato que torna o melão altamente alimentício em relação a seu conteúdo calórico. O melão é um tónico excelente e ajuda na eliminação de refugos orgânicos, devido às propriedades diuréticas, é óptimo para resolver problemas renais.
Pêra: A pêra tem muita vitamina B1 (tiamina), importante parte do complexo B, que contribui para a saúde do coração e para um alto nível de energia. É, também, rica em vitamina B2 (riboflavina), B3 (niacina) e em ácido fólico, todos importantes componentes do complexo B, e contribuem para a saúde cardiovascular em geral, para o equilíbrio da pressão sanguínea e para o vigor físico.
Além disso, contém boa dose de vitamina C e sais minerais, como fósforo, potássio e cálcio. O sabor doce deve-se, em grande parte, à levulose, um açúcar mais tolerado por diabéticos do que os demais açúcares de frutas.

Uva: Rica em potássio, um sal mineral que reforça as reservas alcalinas do corpo, ao mesmo tempo que estimula o funcionamento dos rins e regula as batidas do coração. É, também, uma fonte de ferro, que constrói a hemoglobina do sangue. Estimula os sucos digestivos, a acção intestinal, limpa o fígado e elimina o ácido úrico do organismo. Além disso, acalma o sistema nervoso como poucas outras frutas fazem. Na França, muita gente come apenas uvas na época, como um modo natural de limpar e estabelecer um equilíbrio alcalino-ácido no organismo. Alguns estudos indicam uma baixa incidência de câncer nas regiões da França onde a monodieta de uva é feita uma vez por ano.

domingo, 13 de abril de 2008

O peso da obesidade mórbida

Cerca de 30% da população mundial sofre com sobrepeso e obesidade. A OMS (Organização Mundial da Saúde) a nomeou como a doença do século XXI. Trata-se de um problema tão grave que o seu índice, há muito tempo, já ultrapassou a marca da AIDS, uma das doenças de maior impacto enfrentadas pela humanidade - contaminou em torno de 60 milhões de pessoas. Todos esses dados tornam a obesidade um problema de saúde pública igualável ao da desnutrição.Antes, privilégio dos países desenvolvidos, hoje, ao contrário, afecta parcelas cada vez mais crescentes dentro das populações mais pobres. A grande disponibilidade de alimentos com alto teor calórico e o estilo de vida sedentário são os factores ambientais mais associados ao aumento daobesidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, dois terços da população tem sobrepeso e metade é obesa.
Mas o que é obesidade mórbida?
A OMS utiliza o IMC (Índice de Massa Corporal) para classificar a obesidade da população. O cálculo divide o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. Acima de 25 kg/m2 o indivíduo está com sobrepeso, de 30 kg/m2 ele é considerado obeso e a partir de 40 kg/m2 ele alcança a obesidade grau III ou mórbida, directamente relacionada ao aumento da mortalidade e a ocorrência de diversas doenças associadas, as chamadas co-morbidades.Considerando que a obesidade é uma condição médica crónica e causada por múltiplos factores, seu tratamento envolve abordagens de carácter nutricional, medicamentoso e prática de exercícios físicos. Nenhuma delas faz milagre, o resultado depende fundamentalmente da consciência do paciente de que sua performance determinará o resultado. Cerca de 95% dos pacientes que passam pelo tratamento convencional recuperam seu peso inicial em dois anos, aos que não conseguem restam as intervenções mais incisivas.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

BETERRABA

Do ponto de vista nutricional a beterraba crua ou cozida é uma excelente fonte de ácido fólico.
A ingestão de ácido fólico é muito importante, em especial para as mulheres grávidas e para aquelas que pensam engravidar, esta vitamina diminui significativamente o risco de o feto desenvolver uma má formação da medula. Para além disso, o ácido fólico é importante para evitar um tipo de anemia.
A beterraba contém algum ferro, vitamina C e a riqueza em potássio torna este alimento útil na normalização da tensão arterial, contêm fibras solúveis que ajudam a baixar os níveis de colesterol total e LDL (mau colesterol), implicados no risco acrescido de doenças cardiovasculares.
Os carotenóides e flavonóides existentes na beterraba também ajudam a evitar que o colesterol LDL e as paredes das artérias sejam danificados e oxidados pelos radicais livres.
A propriedade anti-oxidante dos carotenóides e dos flavonóides protegem igualmente contra a ocorrência de ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais.
O sumo de beterraba fresca é um excelente tonificante e purificador do sangue, e têm-lhe sido atribuído valor como estimulante do fígado e auxiliar da digestão.
Se o sabor deste sumo não lhe agradar muito, misture com sumo de laranja e/ou cenoura.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sacarina X Açucar

Um estudo realizado em ratos nos Estados Unidos sugere que a ingestão de sacarina -tipo de adoçante usado principalmente em refrigerantes dietéticos -pode provocar aumento de peso maior que a ingestão de açúcar. Segundo os pesquisadores da Universidade de Purdue, em Indiana, o sabor doce causado pelo consumo de sacarina estimula o sistema digestivo a se preparar para a ingestão de uma grande quantidade de calorias. Se essas calorias não são ingeridas, eles afirmaram, o organismo fica desregulado e, como resultado, pede mais comida ou queima menos calorias, o que provocaria o aumento de peso.
Segundo Susan Swithers, uma das autoras da pesquisa, as experiências em laboratório indicam ainda que outros adoçantes artificiais, como o aspartame e o acessulfame K, que oferecem o gosto doce, podem ter o mesmo efeito da sacarina.
O estudo, publicado na edição desta semana da revista científica Behavioral Neuroscience, gerou reacções da indústria alimentícia, para quem a pesquisa "simplifica" as causas da obesidade.
Um porta-voz da Fundação Britânica de Nutrição afirmou que os resultados são "interessantes", mas não provam que os adoçantes podem ser prejudiciais nas dietas dos humanos.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Vitamina C não evita a gripe, diz estudo


Uma nova pesquisa afirma que tomar vitamina C não ajuda a evitar a gripe.
Robert Douglas, da Universidade Nacional da Austrália, e Harri Hemilla, da Universidade de Helsinki, na Finlândia, fizeram uma revisão da literatura científica publicada sobre o tema, utilizando como referência 55 estudos. Chegaram à conclusão que "a incidência de gripe não foi alterada quando foram tomadas doses profiláticas de até dois gramas por dia". Segundo os autores, que publicam suas conclusões nesta terça-feira no Public Library of Science Medicine, as pessoas que tomam vitamina C têm as mesmas chances de pegar gripe que outras que tomaram placebos. Apesar disso, a dupla encontrou evidências de que a duração da gripe naqueles que tomam vitamina C é um pouco menor que em pessoas que não a tomam – uma redução média no tempo de duração de 14% em crianças e 8% em adultos.
O papel da vitamina C na prevenção e tratamento da gripe tem sido motivo de acirrados debates na comunidade científica nos últimos 60 anos.